A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos enalteceu hoje “o esforço e abnegação” dos médicos do Serviço de Atendimento Permanente da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Oliveira do Hospital que ameaçam deixar de assegurar o funcionamento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde daquela cidade a partir de segunda-feira. Aquele organismo classificou ainda a situação como grave e considera que existem falhas “inaceitáveis” no preenchimento de escala por parte de uma empresa de subcontratação médica. Esta falha, explicam, “obriga” os médicos daquele serviço a cumprir com dois turnos seguidos pelo que devem ser exigidas responsabilidades a essa empresa.
“Os médicos que têm feito turnos seguidos, por incumprimento da empresa, merecem a solidariedade da Ordem dos Médicos, perante este momento tão difícil e exigente do seu desempenho profissional”, sublinha o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, que exige penalização para as empresas de contratação de médicos.
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos considera urgente uma intervenção da Administração Regional de Saúde do Centro de modo a pôr cobro a esta situação que se vem arrastando há alguns meses e que, desde o início deste ano, se agudizou. “Está na hora de rescindir o contrato com esta empresa que está a provocar graves danos no desempenho profissional dos médicos da UCSP de Oliveira do Hospital e nos seus doentes”, diz.
“Numa altura em que o Ministério da Saúde pretende que os utentes evitem recorrer às urgências hospitalares para evitar o colapso dos serviços, no âmbito do Plano de Contingência da Gripe, é inaceitável”que, em Oliveira do Hospital, se verifiquem estas graves deficiências na resposta às populações por parte das estruturas locais de saúde”, denuncia, antes de concluir que “é tempo do Ministério da Saúde resolver os problemas causados pelas empresas incumpridoras”. “A população de Oliveira do Hospital merece ter acesso aos cuidados de saúde tal como os utentes em qualquer outra zona do País”, remata Carlos Cortes.