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“Os investimentos em Ervedal da Beira são justos e mais do que merecidos”

A tarde do último sábado foi de verdadeira festa para as gentes de Ervedal da Beira que viram cumprido o sonho antigo de requalificação da Avenida D. Manuel I e do jardim António Correia Gouveia. Em causa um investimento de cerca de 500 mil Euros, financiado em 80 por cento pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional.

“Não podíamos deixar de ter estas obras na freguesia e lutámos por elas”,afirmou o presidente da Junta de Freguesia, consciente de que a concretização do velho sonho da freguesia só foi possível porque houve “vontade política” por parte do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.

Uma situação que “não aconteceu” em mandatos anteriores, em que apesar da insistência do ex presidente de Junta – “o senhor António Jorge lutou muito para que estas obras fossem feitas”, sublinhou Carlos Maia – não houve vontade por parte do anterior executivo municipal.

O autarca de Ervedal da Beira louva, assim aquela que tem sido a postura do atual presidente da Câmara e que possibilitou à freguesia inaugurar aquele que é, depois do Agrupamento de Escolas pela mão de César Oliveira, o “segundo maior investimento na freguesia”. Uma postura que, esclareceu, é transversal ao conjunto das 21 freguesias, mas que é bem visível em Ervedal da Beira, por se tratar de uma freguesia “que foi esquecida durante anos em relação ao investimento municipal”.

“Os investimentos em Ervedal da Beira são justos e merecidos”, reforçou o presidente da Junta de Freguesia que se diz disposto a “não desistir de lutar”, assumindo publicamente a sua intenção de se recandidatar à Junta de Freguesia.

“Quero contribuir para que o José Carlos continue a ser presidente da Câmara e e quero continuar a defender os interesses desta freguesia”, justificou Carlos Maia criticando os que há dois anos e meio andaram pela freguesia, mas nunca mais apareceram e, avisando para para o facto de “alguns já andarem por aí”. “Eles vão-vos aparecer à frente só para pedir o voto”, avisou Carlos Maia.

É falsa ilusão alguns pensarem que estou a privilegiar a minha terra”

Numa cerimónia onde também o presidente da Assembleia de Freguesia, Carlos Carvalheira, chamou a atenção para o facto de em Ervedal da Beira se estarem a “corrigir as injustiças” – “a freguesia parecia que não existia no mapa”, sublinhou – o presidente da Câmara Municipal não ficou alheio ao facto de se encontrar na sua terra para recordar, com emoção, tempos e gentes idas.

Momento de emoção, logo superado pela constatação do trabalho feito na sua e restantes 20 freguesias. “É falsa ilusão alguns pensarem que estou a privilegiar a minha terra”, logo avisou José Carlos Alexandrino, notando que o partido pelo qual foi eleito só ganhou em seis das 21 freguesias e que, “numa política de verdade e de transparência” logo reuniu com os 21 autarcas e identificou o conjunto de freguesias a carecer de investimento prioritário.

“Não sou presidente do Ervedal, sou presidente das 21 freguesias, que são o meu concelho”, insistiu Alexandrino que fez questão de elencar as obras já inauguradas nas diferentes freguesias e as que pretende inaugurar numa preocupação de conferir “coesão” ao território, sob pena de desertificação.

Assumindo-se como uma “voz inconformada”, o presidente da Câmara Municipal referiu que, em período de crise, a “grande obra” da Câmara Municipal é a de ajudar as famílias que “passam fome e não têm dinheiro para pagar as rendas de casa e sofrem ações de despejo”. Ainda assim , num período de crise a que a autarquia também não fica alheia com a redução do valor da receita, Alexandrino notou a capacidade do município em recorrer ao QREN, tal como aconteceu com as obras em Ervedal da Beira, no valor de 500 mil Euros e financiadas em 80 por cento.

Na sua terra, a anunciar um investimento global na freguesia na ordem dos 850 mil Euros, o presidente da Câmara Municipal chamou a atenção para o facto de o município ter menos dinheiro, conseguir fazer obra e ainda reduzir a dívida. “Podem ter orgulho no presidente da Câmara Municipal. Quando eu sair da Câmara deixá-la-ei absolutamente equilibrada”, registou.

Recados…

Numa cerimónia onde o presidente da autarquia oliveirense “jogava”, literalmente, “em casa”, foi por várias vezes evidente o clima crispado entre filhos da terra. “Não recebo lições de moral de alguns que, por trás de mim, andam a tentar dar”, disse Alexandrino, notando que é “bom que as pessoas tenham memória” porque “na política não vale tudo”.

Em jeito de claro recado, Alexandrino garantiu “nunca por a bandeira do PS à frente da freguesia e do concelho”, chegando a a chamar à atenção do povo para “um passado não muito distante, em que pessoas dividiram a freguesia, para não dizer que a venderam”. Recados que já tinham sido iniciados pelos presidentes de Junta e Assembleia de Freguesia de Ervedal, que chegaram a colocar em causa aqueles que por a frente se dizem amigos de Alexandrino e que, “agora integram um grupo de pessoas que o quer derrubar”. “Não aceito isto aos ervedalenses”, chegou a referir Carlos Maia, aconselhando Alexandrino a “escolher melhor os amigos”.

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