Home - Politica - Autárquicas 2013 - “Os oliveirenses sabem que enquanto eu estiver à frente da Câmara, o concelho está acima de tudo”

“Os oliveirenses sabem que enquanto eu estiver à frente da Câmara, o concelho está acima de tudo”

É com a consciência de que as pessoas ‘chamam’ por si que José Carlos Alexandrino se recandidata pelo Partido Socialista à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. “Não lhes poderia virar as costas”, entende o candidato que não esmorece nas críticas que faz à candidata do PSD que já está a causar “dor” aos oliveirenses.

Correiobeiraserra.com – A terminar um mandato autárquico que fica para a história como aquele em que o concelho perdeu freguesias, assistiu à agregação de escolas e registou o mais elevado número de desempregados, o que é que o leva a avançar com uma recandidatura à Câmara de Oliveira do Hospital?
José Carlos Alexandrino – Acima de tudo é o apoio que tenho recebido durante o mandato, achando as pessoas que eu sou o homem certo para, nestas condições, estar à frente dos destinos do concelho. Por outro lado, em tempo de dificuldades um homem do povo não pode abandonar o seu povo sobretudo os mais carenciados e fragilizados e também os próprio empresários.
Também não poderia virar as costas, porque quem fez mal ao concelho foi este governo do PSD. Eu não podia fugir à luta. Quem foi responsável pela extinção de freguesias? Foi este governo com a conivência da Comissão Política de Secção do PSD de Oliveira do Hospital. Não há aqui mas, nem meios mas. Eu teria que ir forçosamente a esta luta.

O que chega a ser ainda mais contraditório é que o PSD apresenta uma candidata à Câmara que é a grande responsável pela agregação dos agrupamentos. Uma pessoa que causou prejuízos enormes à população do concelho. E a candidata até disse uma coisa interessante. Disse que doa a quem doer vai ficar no concelho de Oliveira do Hospital. Mas está enganada, porque as medidas que tomou já fizeram doer aos pais, aos professores e aos funcionários. A essa senhora devemos dizer que já deixou cá dor e será por muito tempo. Quando estes funcionários e professores forem para o desemprego, sabemos a quem se deve: à falta de honestidade da candidata do PSD. Eu teria que vir sempre a esta luta.

Cbs.com – É cabeça de lista de uma candidatura socialista, mas faz questão de evocar a sua condição de independente. Porquê essa preocupação de insistentemente se demarcar do partido por quem tem dado a cara?
JCA – Como todos sabem não sou filiado em nenhum partido e tenho grande liberdade de pensamento. Mas tenho um orgulho imenso de estar debaixo da bandeira socialista. Em termos de ideais identifico-me com o PS. Mas, quando o governo foi socialista sempre tive postura de independência. E não tive uma postura contra este governo só por ter, mas sim porque o meu concelho foi prejudicado.
A verdade é que nunca houve em Oliveira do Hospital uma candidatura tão transversal em termos políticos. Tem homens do CDS até ao Bloco de Esquerda. É sinónimo de que as pessoas me vêem como um líder que não faz jogos partidários. Há um fosso abismal entre a minha candidatura e a do PSD. Quando o governo do PSD prejudicou o concelho, a CPS do PSD e candidata estavam do lado do governo. Estas pessoas vendem o concelho pela partidarite. E os oliveirenses sabem que enquanto eu estiver à frente da Câmara, o concelho está acima de tudo.
As nossas listas foram constituídas facilmente. Pessoas, mais tarde, integraram as listas do PSD porque não cabiam no meu projeto. Alguns até me vieram dar justificação. Mas o que é certo é que vivemos numa democracia plena e que eu ajudei a recuperar. Mas há pessoas que não sabem estar na democracia.

“Nós somos a candidatura próxima das instituições e das pessoas e a do PSD quer lugares no parlamento”

Cbs.com – Acusam-no de prometer empregos e favores para conseguir gente para as suas listas e de propor dinheiro a candidatos do PSD para deixarem de o ser…
JCA – Ou as pessoas não vêem televisão ou o PSD pensa que os oliveirenses são parvos. O Orçamento de Estado de 2013 do governo PSD obriga a despedir 50 por cento das pessoas com contrato a termo. E não fui eu que fiz esta lei. Como é que se pode usar aquele argumento numa altura em que as regras impedem a Câmara de contratar pessoas. O PSD demonstra é a sua incapacidade e não se consegue ver ao espelho.
O presidente da CPS do PSD foi quem dividiu o seu partido em Oliveira do Hospital e fez passar o PSD por isto e quando dizem que as pessoas mudaram de camisola, não é verdade. Porque o que se passa é que as pessoas acreditam no meu projeto. E depois há também outros casos de pessoas do PSD que foram candidatos pelo PS em 2001, pelos independentes em 2009 e são agora candidatos pelo PSD. Então esses não mudaram de camisola? Estou de consciência tranquila, porque não poderia prometer às pessoas aquilo que não posso dar. Quem está comigo não é por interesse, é porque acredita no projeto e isso incomoda a candidatura do outro lado. Nós somos a candidatura próxima das instituições e das pessoas e a do PSD quer lugares no parlamento. Não é uma candidatura de Oliveira do Hospital. E eles falam de determinadas coisas, porque não sabem o que se tem feito em Oliveira do Hospital porque começaram a peregrinação há um mês e meio em Oliveira do Hospital não conhecendo a realidade. Isto é-lhes fatal como o destino.

Cbs.com – Como caracteriza o mandato que agora termina? O que é que mais o realizou no comando da Câmara Municipal?
JCA – O que me faz um homem feliz são pequenas particularidades. Sou um homem de linha humanista e as pequenas obras dão-me mais prazer do que as grandes. Venho do povo e de origens humildes e sei das dificuldades das pessoas.
Se calhar, uma das situações que me deu mais prazer, foi quando a Câmara Municipal cedeu, por empréstimo, duas cadeiras elétricas a pessoas de reduzida mobilidade e também a ajuda a pessoas que viviam em situações pouco humanas. Foi também ajudar jovens a arranjar emprego. No outro dia, uma empregada da Davion – passado ano e meio desde que pedi trabalho ao empresário – levou-me um miminho. Pensei que me estava a procurar para a voltar a ajudar a arranjar emprego, mas não. Ela entrou, deu-me um beijo e disse-me: “Sr. Presidente trago-lhe aqui um miminho porque você mudou a minha vida”. Eu vi naqueles olhos uma felicidade imensa. E aqui é que está a diferença. Porque importante, não são as obras físicas, mas as pessoas. Algum dia viu um presidente que está no meio dos fogos, que apoia as pessoas, que sabe onde ardeu a casa, o palheiro, as colmeias…? Eu sou homem de terreno e não de gabinete.
Também dou valor às obras físicas, sobretudo às que são necessárias, mas importante são as pessoas. Tenho ajudado muita gente anonimamente, falando com empresários e arranjando trabalho para famílias desestruturadas. Esse tem sido um papel decisivo de uma pessoa com certa popularidade. Uma popularidade que se ganha não por uma pessoa ser simpática, mas pela ação do meu executivo. Não tenho dúvidas de que seguimos pelo caminho certo.

“Deixei de dar bolsas aos alunos ou incentivos à natalidade? Deixei de apoiar inquilinos que ficaram desprotegidos com a nova lei das rendas? Não, falei com senhorios e paguei rendas em troca de trabalho prestado à Câmara Municipal. Faltou dinheiro para isso?”

OLYMPUS DIGITAL CAMERACbs.com – Que obra /medida importante se arrepende de não ter dado prioridade? Acusam-no de privilegiar relvados sintéticos, em detrimento por exemplo da requalificação do centro histórico…
JCA – A requalificação do centro histórico não estava no meu programa eleitoral. Meter saneamento e calçada não é, na minha opinião, nenhuma requalificação do centro histórico. Há compromissos que temos. Deixei de dar bolsas aos alunos ou incentivos à natalidade? Deixei de apoiar inquilinos que ficaram desprotegidos com a nova lei das rendas? Não, falei com senhorios e paguei rendas em troca de trabalho prestado à Câmara Municipal. Faltou dinheiro para isso? Não. Lançámos ainda o AtivoSociais que já criou 101 postos de trabalho.
Tinha um programa eleitoral que estou a cumprir e onde não entrava a reabilitação da zona histórica. Num futuro próximo será uma realidade e tenho propostas concretas por via de uma reabilitação verdadeira. Eu estive cá quatro anos, porque é que quem cá esteve tantos anos não a fez?

Ainda há pouco tempo, a candidata do PSD dizia que eu não tinha grandes obras feitas. Mas a candidata deveria saber que eu teria feito muito menos obra se tivesse feito o que o PSD queria. O PSD foi contra a construção de piscinas de Seixo, o centro escolar de Nogueira do Cravo, o sintético em Lagares da Beira, requalificação do Moinho do Buraco… A candidata diz que não fizemos obra, mas deve estar em sintonia com o governo que parou as obras todas. Temos ainda as obras do mercado e central de camionagem. E fizemos isso tudo, porque nunca houve um mandatado que trouxesse 8 milhões de Euros em termos de QREN. Algum dia, algum executivo gastou 600 mil euros em obra social, 2,5 milhões de Euros na descentralização para as freguesias e 100 mil euros para o AtivoSociais? E mais. Lançámos, executámos e pagámos a 100 por cento a terceira fase da estrada que liga Aldeia das Dez ao Vale de Maceira, também a estrada de Nogueira do Cravo e a do Moinho do Buraco. Pagámos também a obra da Biblioteca que já vinha do mandato anterior e o polidesportivo do Seixo da Beira.
Quando os concelhos pararam todos, eu consegui fazer este trabalho. Neste mandato, também entrou um milhão de Euros de obras do PRODER, com a pavimentação de caminhos rurais, a limpeza das margens dos rios e eletrificação rural em 88 quintas.
Lamento que o PSD faça campanha sem ideias e com recurso à calúnia de boca em boca para criar a suspeição. Mas devo dizer que são do domínio público e ditas por uma diretora regional adjunta da DREC, a Drª Maria Castelo Branco, as acusações de que Cristina Oliveira fez saneamentos políticos e atropelos à lei, para além da falta de transparência e deslealdade institucional e desrespeito pelo erário público na gestão da frota automóvel da DREC. Gostava de perguntar: onde estão as conclusões do inquérito, ou se estão nalguma gaveta para não as tornarem públicas. Estas pessoas é que têm com que se preocupar.
Se o PSD acha que há irregularidades da Câmara deve recorrer aos organismos próprios para as denunciar, como os tribunais, o Tribunal de Contas e a Inspeção Geral da Administração do Território. Pedem elevação, mas depois fazem uma política vergonhosa.
Ainda sobre a obra que nos acusam de não termos feito, devo dizer que integrámos a ADXTUR com Aldeia das Dez, praia fluvial de Avô e Alvôco. Isso permitiu-nos ir ao QREN para fazer requalificação em Avô, Aldeia das Dez (1ª fase) e o Parque Merendeiro de Alvôco. Pergunto quem fez mais obra física até hoje?

Cbs.com – O concelho enfrenta os piores números no que ao desemprego diz respeito. Revelou-se adepto dos POC e colocou em curso o programa AtivoSociais responsável por dar emprego a mais de uma centena de pessoas. O concelho não precisa de outro tipo de política de apoio ao emprego, por via da atracão de novas empresas, por exemplo….
JCA – Mas, afinal quem é que criou estas condições de desemprego? Não posso ser responsabilizado porque não sou o primeiro-ministro do país. Mas pior poderia estar o concelho. Temos dado oportunidade a pessoas que poderiam estar em casa a receber o subsídio de desemprego de se sentirem úteis na sociedade. Medidas governamentais arrastaram o país para esta situação e o concelho não conseguiu escapar. As pessoas que estão a trabalhar na Câmara, vão porque querem trabalhar. É melhor as pessoas receberem o subsídio de desemprego e estarem em casa, ou trabalhar na Câmara e assim justificarem aquilo que ganham?

Cbs.com – Contudo o pólo industrial da Cordinha continua como há quatro anos, sem empresas…
JCA – Tem sido feito um grande trabalho na área empresarial. Quando a ex HBC entrou em insolvência o que é que outros fizeram? Procurei o empresário e o mérito é todo dele que hoje dá emprego a muita gente com a Azuribérica.
Tenho projetos para a Cordinha, mas precisam de financiamento na banca. E como é que está a banca? E hoje alguém se vem instalar num país com esta instabilidade? Há um conjunto de regras e regulamentos que temos que alterar e no próximo mandato esta será a minha grande preocupação. A Câmara tem que ser parceira. Tem que construir pavilhões e cedê-los se quiser atrair empresas. E o caminho não é só pelas grandes empresas, mas sobretudo pelas micro-empresas com os nossos jovens a apostarem na criação do seu posto de trabalho. E neste aspeto também temos feito o nosso trabalho com a BLC3. Temos vindo a lançar sementes. Por exemplo, na área da agricultura estamos a acompanhar uma série de investidores na área dos frutos silvestres. Já temos quatro projetos. Há trabalho e isso não tem sido descurado. Agora nenhuma empresa cria 400 postos de trabalho se não tiver possibilidade de recorrer à banca.
Também podemos comparar com os outros concelhos. Oliveira do Hospital tem uma média de desemprego mais baixa do que têm outros concelhos aqui à volta. Mas, também não cabe à Câmara criar empresas, deve antes criar condições e procurar no exterior. Sei de algumas empresas que têm interesse em se fixar no concelho.
Construímos um pavilhão na Cordinha e surgiram dois ou três interessados em se lá instalarem e avançamos com um concurso público. Mas, devido aos regulamentos nenhum dos interessados acabou por se candidatar.

“Quando um dia a BLC3 der muitos frutos e, eu posso até já cá nem estar, as pessoas vão dizer que Oliveira do Hospital teve um grande presidente e que viu mais além”

Cbs.com– A BLC3 foi de facto uma aposta acertada? Há quem encare a estrutura como sorvedouro de dinheiros públicos sem resultados palpáveis…
JCA – Não é sorvedouro de dinheiros municipais. A BLC3 tem um subsídio mensal que é o mesmo de uma equipa de futebol na 2ª divisão. Também fizemos um grande trabalho ao adquirirmos as instalações da Acibeira e, com isso, o compromisso de a recuperar. Pois, devo dizer que já arranjámos dinheiro comunitário para iniciar a recuperação. A obra já foi adjudicada a uma empresa de Oliveira do Hospital e é ali que vamos instalar a BLC3 e os laboratórios. O Marquês de Pombal quando fez a Avenida da Liberdade sofreu grandes críticas e hoje dizem que é um homem com visão. Quando um dia a BLC3 der muitos frutos e, eu posso até já cá nem estar, as pessoas vão dizer que Oliveira do Hospital teve um grande presidente e que viu mais além.

Cbs.com – Há quatro anos o IC6 era uma prioridade. Volvido um mandato nada mudou, ficando pelo meio uma promessa de demissão do cargo de presidente da Câmara caso o IC6 não chegasse ao concelho. Como volta a dar cara junto das populações sabendo que o IC6 continua no meio do pinhal?
JCA – Eu disse que me demitia, mas era preciso que o PS fizesse o mandato completo no governo. Alteraram-se as condições, porque com a entrada do PSD o governo decidiu abandonar as obras públicas. E agora o secretário de Estado das Obras Públicas até diz que os autarcas não se entendem para justificar o não lançamento. Nada mais mentiroso. Há um acordo entre os presidentes de câmara de Oliveira, Seia e Gouveia onde as coisas estão definidas. Quem se deveria demitir era esta Comissão Política do PSD e o secretário de Estado por não honrar aquilo que combinou.
Já percebemos nitidamente que com este governo PSD, o IC6 nunca será feito. A minha esperança é que o PS ainda chegue ao poder para eu cumprir a minha promessa.

Cbs.com – Na anterior campanha prometeu resolver os problemas de saneamento. As estruturas destinadas ao tratamento estão feitas, mas os problemas persistem…com que argumento apela ao voto na sua candidatura?
JCA – De facto há problemas, mas as pessoas são inteligentes e percebem quando os problemas são da minha responsabilidade ou não. Nunca o concelho evoluiu tanto em termos de saneamento, mas também é verdade que não fizemos tudo. Mas o concelho está muito melhor. Os problemas são nossos, mas decorrem da prestação de serviços da Águas do Zêzere e Côa e estão a custar muito dinheiro ao concelho.
O saneamento tem sido uma bandeira e continuará a ser uma prioridade no próximo mandato. Certo é que fizemos grande obra neste domínio. Pena é que a AZC não preste bom serviço ao concelho.

“Eu sei que o povo lhes tem virado as costas muitas vezes. O que os incomoda é a ligação que eu tenho com as pessoas e a forma como elas olham para mim. Acredito que isso não os deixa dormir descansados e que às vezes até devem sonhar comigo”

Cbs.com – Os eventos que o executivo tem vindo a promover continuam a ser motivo de crítica por parte da oposição. Também o consideram uma figura popularucha… no caso de ser eleito pretende dar continuidade à realização dos eventos?
JCA – Sem dúvida nenhuma, porque é naquilo em que acredito. Desta forma, temos conseguido com que o número de pessoas que visita Oliveira do Hospital aumente substancialmente. Falem com os empresários e comerciantes e perguntem-lhes se de facto não tem chegado mais gente a Oliveira do Hospital.
A ideia de que os eventos não trazem ninguém é uma falsa ideia. Nós criámos uma marca em Oliveira do Hospital e estou certo de que o caminho continuará a ser este. Lançámos a ExpOH, temos a feira do queijo Serra da Estrela que é a maior do país e vamos modificar e temos atraído muita gente a Oliveira do Hospital. Nesta área peço meças. Podemos comparar o que foi feito no passado e o que foi feito neste mandato. A feira do queijo, as horas de televisão, o rali de Oliveira do Hospital, a Volta a Portugal, tem sido um trabalho diferente.
Por eu ser do povo e não me envergonhar do meu povo, acham que sou figura popularucha. Mas com certeza eles é que têm problemas, porque não são capazes de cumprimentar ninguém e de se aproximar das pessoas. Eu sei que o povo lhes tem virado as costas muitas vezes. O que os incomoda é a ligação que eu tenho com as pessoas e a forma como elas olham para mim. Acredito que isso não os deixa dormir descansados e que às vezes até devem sonhar comigo.

Cbs.com – No seu mandato a ESTGOH sofreu fortes ameaças, inclusive de encerramento. Acha que a escola tem condições para continuar o seu caminho?
JCA – Entendo que sim. Mas estou certo de que se não houvesse um presidente de Câmara empenhado, esta escola já não existiria. Quem quis matar a escola teve um adversário à altura e que se mexeu. Admito que a escola tenha que ser repensada, mas a sua continuidade não pode ser posta em causa, porque tem uma importância estratégica para toda a região e para o concelho. Neste último ataque que teve a conivência da secretaria de Estado do Ensino Superior não vi o PSD defender a escola, porque são subservientes em relação aos que tomam as decisões em Lisboa.
Acho que a Escola levará ainda um empurrão na ligação com a BLC3. Alguns cursos têm que ser remodelados. Mas este último curso que transitou para o ISCAC foi um roubo, porque era um curso único que existia no IPC.
O que me aflige é que pessoas que deveriam dar a cara para evitar o empobrecimento de Oliveira do Hospital fiquem caladas porque é o governo do PSD que está a fazer isto.
No que respeita às instalações, nós tínhamos o projeto e tudo a postos para lançar a obra. Mas desde o ataque de 2011 à escola, não podíamos arriscar o investimento de 4 milhões de euros. Não será comigo que se criarão elefantes brancos em Oliveira do Hospital. Não são as instalações que têm condicionado o funcionamento da ESTGOH que até já teve mais alunos e mais turmas. Fui obrigado a definir prioridades, apoiando a Escola e pagando todas as despesas de manutenção. No próximo mandato, depois de consolidarmos a escola estarei disponível para analisarmos o lançamento das instalações.

Cbs.com– Há quatro anos foi a votos contra um PSD fracionado, saindo vencedor com uma maioria relativa. A menos de um mês das eleições, o sentimento transversal à sua candidatura é a de uma confortável maioria absoluta, com o candidato à Assembleia Municipal a falar mesmo de uma maioria absolutíssima. Não acha perigoso subestimar os adversários, em especial a candidata do PSD?
JCA – Há eleições para as pessoas mudarem o sentido de voto. Há eleições para premiar quem merece e penalizar quem não merece. Parece-me que este PSD acreditou que bastaria apresentar uma candidatura, fosse com quem fosse, para ganhar as eleições. Mas acredito que as pessoas são capazes de fazer comparações e hoje nas autarquias vota-se mais pelas pessoas, do que nos partidos, excetuando alguns fundamentalistas.
Muitas pessoas do PSD já me abordaram e me informaram de que pela primeira vez vão mudar o sentido de voto para o PS. Pessoas de 60,70 e 80 anos têm tido este discurso quando me encontram. Por isso acredito que vamos ganhar com maioria confortável, mas entendo que devemos continuar a fazer o nosso trabalho. Sem dúvida que temos boas equipas às juntas. Mas o sentimento geral é de que iremos ganhar com maioria.
Eu sou uma pessoa das pessoas. Não mudei a minha maneira de ser. Acho que as pessoas vão votar em mim, porque acreditam no nosso projeto e num trabalho de grande honestidade que foi feito em tempos de grandes dificuldades no país. Não podemos esquecer que este foi o mandato mais difícil de sempre e que a minha equipa esteve à altura das responsabilidades.

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