… junto daquele órgão a candidatura de Mário Alves, os dirigentes locais do partido parecem agora ter percebido que não é só nos tribunais que nem sempre se faz justiça.
Por vezes, são os próprios partidos políticos a darem estes maus exemplos.
Apesar de ter conquistado por duas vezes consecutivas a presidência do partido em eleições democráticas, o líder do PSD de Oliveira do Hospital ficou finalmente a saber – após a decisão do CNJ – que “para lá do Marão, quem manda já não são os que lá estão”.
Dito de outro modo: foi completamente inglório o esforço que José Carlos Mendes veio fazendo, desde 2006, na tentativa de abrir um novo capítulo na vida política local.
Os partidos políticos estão contaminados por gente carreirista e sedenta de poder, que já nem eleições respeitam. Sobrepõem interesses pessoais à vontade eleitoralmente expressa por várias centenas de militantes.
Foi isto que, na verdade, aconteceu em Oliveira do Hospital. A facção que detém o poder autárquico, quer mantê-lo a todo o custo. Contra tudo e contra todos. Como não venceu nas urnas, tratou de ganhar na secretaria.
E agora?
Agora, José Carlos Mendes, tem dois caminhos: ou sai empurrado, ou então mostra um cartão ao seu próprio partido, avançando com uma lista de independentes.
Neste último cenário, o líder do maior partido de Oliveira do Hospital, sabe que tem carisma e capital político suficientes para baralhar as próximas eleições autárquicas.
Pessoalmente – e também falo em consequência de algumas informações que me vão chegando –, acredito que vai ser esse o caminho escolhido por José Carlos Mendes e pelos seus pares.