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Presidente da Assembleia Municipal acusa PSD de fazer “números políticos para criar factos”

 

“Um espetáculo lamentável”, considerou, num repúdio claro àquilo que têm sido as intervenções do público que classifica de verdadeiros “números políticos”.

De novo na mira da Comissão Política de Secção do PSD de Oliveira do Hospital, presidida por António Duarte, a propósito da condução dos trabalhos da última Assembleia Municipal, o presidente daquele órgão autárquico devolveu àquela estrutura partidária o protagonismo do “espetáculo” a que se tem assistido nas últimas reuniões da Assembleia.

“Nas últimas três assembleias vimos um espetáculo, porque as pessoas pretendiam atingir outros objetivos para além dos previstos naquele órgão no que respeita à intervenção do público”, recorda António Lopes, notando que fruto daquelas intervenções e ao abrigo daquele que é o regimento da Assembleia, na reunião do último sábado fez circular um documento a dar conta daquele que deve ser o comportamento do público, quer no decorrer dos trabalhos, quer no período de intervenção a que tem direito.

Recuando à reunião de setembro, o autarca recordou a intervenção de João Paulo Albuquerque, elemento da CPS do PSD para dar conta da “deselegância, falta de educação e de respeito” que ali protagonizou ao abandonar o salão nobre depois da intervenção, sem que tivesse aguardado pela resposta a que tinha direito. “Foi fazer um número político para criar um facto”, constata António Lopes que a propósito da intervenção ocorrida na última Assembleia Municipal, desapreciou sobretudo as acusações de “mentiroso” dirigidas por uma popular de Felgueira Velha. “Não se respeita a Assembleia Municipal e desacredita-se a democracia”, entende o presidente do órgão máximo do concelho, avisando que, se assim o entendesse, tinha “capacidade para agir judicialmente” contra a popular.

António Lopes rejeita ainda a crítica que António Duarte lhe dirige de não promover o debate na Assembleia Municipal, avisando que, sempre que se justifique, avança com propostas para discussão e que, por várias vezes, pergunta à Assembleia se está esclarecida ou se existem dúvidas.

Responsável pela condução dos trabalhos na Assembleia, Lopes não deixa porém de compreender a crítica que lhe é dirigida, uma vez que o PSD não consegue representação nos elementos que mantém na AMOH. “Veja-se a postura dos eleitos que apoiam o executivo”, afirma, criticando também a ausência de propostas para debate por parte dos eleitos PSD. “É estranho”, refere, notando, porém, que tal se deve ao “clima de entendimento, diálogo e transparência” que o executivo e mesa da Assembleia têm conseguido incutir entre os eleitos. Uma realidade que, no entender de Lopes, demonstra a incapacidade do PSD em “disciplinar os seus militantes no sentido de defender as posições do partido”. Face ao descontentamento que tal postura gera junto do PSD oliveirense, Lopes entende só haver um caminho a seguir: “retirar a confiança política aos eleitos que não respeitam o partido”.

Garantindo não se congratular com os “números” a que tem assistido na Assembleia Municipal, o presidente nota que tal só passou a acontecer desde a tomada de posse da nova Comissão Política de Secção do PSD de Oliveira do Hospital, que se tem socorrido daquele órgão para resolver problemas internos que tiveram origem em 2005. “Terá que resolver os problemas dentro de portas”, aconselha António Lopes.

Sobre o processo eleitoral que se avizinha, Lopes disse “não desconsiderar” a possibilidade de “o PSD acalentar a esperança de governar a Câmara”, no entanto não deixou de ironizar com a demora dos social-democratas em apresentar o candidato à Câmara. “Espero que não venha pelo carnaval e que não seja um candidato que nos faça rir”, gracejou.

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