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Presidente da Assembleia Municipal não quer Mário Alves no “banco de trás”

António Lopes acusou aqueles dois vereadores do PSD – não compareceram à última sessão da AM – de estarem a pôr em causa a “dignidade” da assembleia, quando optam por não ocupar os lugares que lhes haviam sido destinados na mesa daquele órgão autárquico.

“Não tolerarei que os senhores se sentem nas traseiras… espero que, no futuro, se sentem ao lado dos senhores vereadores” do movimento “Oliveira do Hospital, sempre”, sentenciou o presidente da AM.

Criticando, por exemplo, o facto de Mário Alves se sentar na última fila de cadeiras do salão nobre – na área que, normalmente, é destinada ao público –, Lopes disse não estar disposto a ter que lidar com “um comando de retaguarda”. “Tenho feito de contas que não vejo”, sublinhou o presidente da AM.

Num tom irritado, Lopes acusou também o toque relativamente ao facto de aqueles dois vereadores do PSD terem feito algumas referências críticas, numa recente reunião do executivo camarário, sobre uma sua intervenção na assembleia, em que recomendou a compra de uma viatura nova para a presidência da câmara.

Alegando que, quando a questão foi levantada na AM “, ninguém se quis pronunciar sobre o assunto”, Lopes deixou uma advertência ao frisar que “esta assembleia é que fiscaliza a câmara, e não é a câmara que fiscaliza a assembleia”.

Numa toada muito crítica, o presidente da AM disse não admitir que a intervenção de “qualquer membro” da AM“ possa ser “censurada” nas reuniões camarárias, e fez também questão de deixar um recado ao próprio presidente da Câmara. “Se isso voltar a acontecer, eu venho a esta assembleia propor uma moção de censura ou outra modalidade que achar adequada”. José Carlos Alexandrino reagiu, no final, com uma breve declaração sobre o assunto: “eu não posso impedir que os senhores vereadores tomem as suas posições”, disse.

“José Carlos Alexandrino até pode andar de bicicleta…”

De resto, António Lopes, que no início dos trabalhos fez aprovar um voto de pesar pela morte de José Saramago – todos os partidos políticos com assento na AM fizeram questão de elogiar o escritor –, voltou à polémica questão da substituição do carro da presidência.

Frisando que está em causa “a imagem de dignidade e prestígio do município”, Lopes argumentou que o cidadão José Carlos Alexandrino “até pode andar de bicicleta”, mas sublinhou que as funções de presidente da cãmara exigem “dignidade”.

Lopes criticou ainda aquilo que classificou como “ falso miserabilismo”, e lançou mais uma farpa ao ex-presidente da câmara, quando afirmou que “só no fogo de artifício do ano passado foi gasto mais dinheiro do que o valor do carro”.

Da bancada do PSD, Paula Nobre interveio para replicar as palavras do presidente da AM, considerando que “não era importante” estar a debater o assunto da viatura da presidência naquele órgão autárquico. “Na minha opinião, não é isso que define as pessoas… é mais importante o ser do que o parecer”, salientou aquela deputada municipal.

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