José Carlos Alexandrino manifestou-se muito cético com as verbas que o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) vai transferir, no próximo ano, para a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital.
“O corte é muito drástico e pode mesmo pôr em causa o funcionamento da escola. Não quero acreditar que alguém de Coimbra, ou dentro do IPC, queira acabar com a ESTGOH”, afirmou o autarca eleito pelo PS numa entrevista ao “diário As Beiras” (DB).
Salientando que a construção das novas instalações da ESTGOH, cujo projeto já se encontra concluído, é a “primeira prioridade” do seu executivo, Alexandrino pede ao IPC para que seja “solidário” com uma escola que lhe pertence e deixa uma advertência. “Algumas pessoas de Coimbra parece que não percebem isto. Gostava de lhes deixar um recado: nós não vamos desistir. Se alguém pensa que ao não serem atribuídas verbas que permitam o normal funcionamento da escola, ela terá que fechar, estão enganados, porque tudo faremos para que isso não aconteça”, referiu o edil ao DB.
O presidente da câmara, que ao longo destes últimos meses tem vindo a fazer alguns alertas no sentido de que existe um “lóbi” a trabalhar para a deslocalização da ESTGOH para outra cidade do distrito, também sublinha – naquele entrevista – que “Oliveira do Hospital não vai deixar sair a ESTGOH daqui. Isso só aconteceria se não existirem alunos, agora por razões financeiras não vamos deixar sair”, advertiu.
Para 2011, e conforme já foi anunciado pelo presidente da ESTGOH, Jorge Almeida, prevê-se um corte orçamental na ordem dos trinta por cento.
Instado por aquele diário a pronunciar-se sobre o comportamento da oposição – numa altura em que está cumprido o seu primeiro ano de mandato –, Alexandrino diz que “ultimamente os senhores vereadores do PSD têm estado com uma determinada agressividade que não era costume”, enquanto que o movimento ‘Oliveira do Hospital Sempre’ “tem sido construtivo” ao nível da criação de “consensos”.