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Presidente da Câmara de Oliveira do Hospital acusa Governador Civil de Coimbra de estar a fazer “chicana política”

“Como é que o representante máximo do Governo num determinado território, com base numa alegada notícia de um jornal (o Correio da Beira Serra), pode vir acusar quem quer que seja e, particularmente um autarca, que não foi nomeado mas sim eleito democraticamente, de irresponsabilidade? Não devia ter primeiro confirmado com o principal visado o teor e contexto da alegada afirmação”?

Esta interrogação foi hoje feita por Mário Alves, através de um comunicado enviado ao correiodabeiraserra.com, a propósito da polémica que se instalou em torno do encerramento da empresa de confecções HBC.

Num tom muito contundente, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH) não só lança duras críticas ao Governador Civil de Coimbra, como também deita mais achas para a fogueira.

“Na realidade a irresponsabilidade mora para os lados da Couraça da Estrela, cujo responsável leu, ou eventualmente alguém lhe sussurrou algo num almoço dado sobre determinado facto, vindo de seguida proferir tais afirmações, que em nada dignificam quem ocupa um cargo com esta importância, onde o diálogo, a concertação e, sobretudo, a discrição devem ser apanágio”, refere o presidente da CMOH naquele comunicado.

O chefe do executivo oliveirense, explica ainda que a CMOH “tomou conhecimento há alguns meses a esta parte” de que Henrique Fernandes “estaria a promover reuniões com diversos organismos da administração desconcentrada do Estado, no sentido de acompanhar de perto a situação difícil vivida por algumas empresas de confecção de vestuário, sedeadas no concelho de Oliveira do Hospital, o que, naturalmente é de saudar”.

Governador Civil fez “tábua rasa dos princípios do respeito e da cooperação institucional” 

Só que – na opinião de Mário Alves –, Henrique Fernandes fez “tábua rasa dos princípios do respeito e da consideração institucional”, porque, conforme sustenta o autarca do PSD, “nunca” contactou “formal ou informalmente” a Câmara Municipal “para também poder fazer parte desse leque de entidades que iriam acompanhar o evoluir da situação neste concelho”.

O autarca do PSD, que na última Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, dia 24 de Abril, perguntou por que é que o Governador Civil de Coimbra não tinha conseguido evitar o encerramento da HBC – leia aqui as declarações de Mário Alves –, insiste na questão e lança uma nova interrogação seguida de uma resposta: “Caso a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital optasse pelo raciocínio «primário» evidente no comunicado do Governo Civil – clique aqui para aceder à síntese das declarações de Henrique Fernandes expressas naquele comunicado –, quem é que afinal nada teria feito para preservar os postos de trabalho da HBC? A resposta seria lógica, o Sr. Governador Civil e todos os parceiros envolvidos nas reuniões por ele promovidas”, conclui Mário Alves, constatando que “essa á a via da «chicana política», que quem está no exercício de funções públicas, deve, claramente, pôr de parte”.

Para aceder, na íntegra, ao comunicado emitido hoje pelo presidente da CMOH, este diário digital disponibiliza-lhe o PDF.

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