Perante uma plateia de professores e responsáveis por Instituições Particulares de Solidariedade Social que, ao final da tarde de ontem, acorreram ao Salão Nobre da Câmara Municipal para a cerimónia de entrega de livros no âmbito do Plano Nacional de Leitura e formalização do grupo de trabalho das Bibliotecas Escolares e Municipal, Mário Alves deixou os livros para passar para a esfera dos jornais e lembrar aos jornalistas que “a forma como se faz uma notícia pode ser mais aliciante para quem a lê”. É que na opinião do autarca “o discurso fácil da maledicência afasta leitores”, pelo que “as notícias também devem ser feitas de pedagogia, o que grassa pouco aqui pelos nossos lados”.
“Queixam-se de que não lêem jornais, mas as pessoas acabam por olhar para uma primeira página de jornal e não dão importância nenhuma”, considerou o presidente do município oliveirense, explicando que “o marketing da notícia deve ser feito também com pedagogia”, porque “acima de tudo está sempre a condição humana”. “Não devemos pôr em causa a honra, o carácter e a personalidade das pessoas”, acrescentou Mário Alves, notando que “só assim é possível construir uma sociedade elevada sob o ponto de vista social e político”.
O autarca imputou ainda sobre a Comunicação Social a responsabilidade sobre “a crise” que se abate sobre a política, pelo facto de “não fazer o seu papel de informar com rigor e equidade”.
Numa cerimónia dedicada ao incentivo da leitura, Alves aconselhou a Comunicação Social a fazer pedagogia “para que os nossos jovens e crianças se sintam atraídos a ler não só os livros, mas também jornais”.