Segundo Sérgio Costa, no dia 10 de Março, o presidente da autarquia, Carlos Chaves Monteiro, convocou uma reunião com deputados municipais e presidentes de junta eleitos pelo PSD, onde anunciou que tinha retirado os pelouros e a confiança política ao vice-presidente. O visado assegura que teve conhecimento do assunto pela comunicação social local e através de um email “com o despacho” do líder do executivo, que recebeu na tarde do dia seguinte.
Em comunicado divulgado ontem, Sérgio Costa, que foi eleito nas listas do PSD em 2013, quando Álvaro Amaro conquistou pela primeira vez a autarquia ao PS, explica que na semana passada ficou a saber, “não através de qualquer debate interno, mas por decisão unilateral de quem tem poderes legais para isso”, que a sua acção política “devia ser interrompida na forma em que vinha a desenvolvê-la em prol da Guarda”.
“Mas cá continuarei com a mesma dedicação, competência e lealdade com a Guarda no desempenho das minhas funções e sempre a pugnar pelo projecto político iniciado em 2013 e reforçado em 2017”, promete, referindo que a sua convicção “mantém-se inabalável” em relação ao desenvolvimento da cidade, do concelho e das suas freguesias e aldeias.
O ex-vice-presidente deixa claro que nunca hesitará “em colocar a Guarda acima de quaisquer interesses pessoais ou político-partidários”. “É esse princípio que norteará toda a política a partir de agora. (…) O meu lugar de vereador será instrumental para que possa continuar a trabalhar até ao limite das minhas forças naquilo que a todos deve unir, ou seja, a Guarda. É essa a minha responsabilidade. Irei assumi-la sempre e sabemos que na democracia é mesmo assim”, remata.
A Comissão Política da Secção do PSD da Guarda lamenta o sucedido, referindo em comunicado que “sempre defendeu publicamente a necessidade de cumprimento do mandato de todos os eleitos na Câmara Municipal e Assembleia Municipal, numa óptica de compromisso e respeito pela escolha dos guardenses”. O PSD garante que “a governabilidade do município não está, nem estará em causa” e que é responsabilidade de Carlos Chaves Monteiro “assegurar a coesão do executivo, o que naturalmente acontecerá com os eleitos do PSD”.