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Numa intervenção feita na última Assembleia de Freguesia, dia 18, e invocando as “dificuldades económico-financeiras que o país atravessa”, José Andrade deixa uma questão. “Agora que a ETAR teve início na sua construção, onde já está investido cerca de 1/3 do valor da obra, vamos esbanjar esse dinheiro, procurar outro local?”
Andrade recorda também que “durante anos as fossas extravasavam e os dejetos corriam a céu aberto, com todos os seus inconvenientes” e faz uma nova pergunta: “porque esperaram para só agora virem reclamar?”.
Muito crítico em relação a algumas tomadas de posição oriundas do movimento de contestatários à localização daquela estação de tratamento de águas residuais, da empresa Águas do Zêzere e Coa (AdZC), Andrade – leia aqui, na íntegra, a sua posição – insurge-se ainda contra a faixa colocada à entrada da pitoresca aldeia com a inscrição “Não queremos uma retrete no meio da nossa sala de visitas! ETAR para a Regada já”.
“É uma infelicidade do seu autor ou autores ao escolher o primeiro parágrafo que dado o seu conteúdo roça a grosseria e a arrogância”, refere.
Contactado por este diário digital, o presidente da junta de freguesia local diz querer estar numa “posição conciliadora” e não “radical”.
No entanto, faz saber que, na última Assembleia de Freguesia, os elementos que compõem aquele órgão autárquico votaram, por unanimidade, uma proposta para que a ETAR “continue a ser construída naquele local”.
“Tecnicamente a outra solução é muito complexa e também não vai minimizar os impactes paisagísticos e ambientais”, sustenta Agostinho Marques.
