A produção de vinho em Portugal deverá diminuir este ano 5,7 por cento face à campanha passada, para cerca de 5,9 milhões de hectolitros. A causa está na redução da quantidade na maioria das regiões, referiu hoje o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV). A quebra mais acentuada deverá acontecer na região do Dão, com menos 25 por cento que no ano anterior.
O IVV, explica, que na maioria das regiões onde se perspectiva uma quebra de produção, as vinhas foram “afectadas por vários agentes, destacando-se o míldio e o oídio, que se desenvolveram devido a condições climáticas adversas”. Na Madeira, no Minho, no Douro e Porto e nas regiões da Beira Atlântico e Terras da Beira é esperada uma redução de dez por cento na produção. Em Trás-os-Montes a quebra poderá chegar aos 15 por cento e nas regiões do Tejo e de Lisboa deverá ficar-se pelos cinco por cento. A quebra de produção mais acentuada deverá acontecer na região das Terras do Dão, com uma estimativa de menos 25 por cento face à campanha anterior.
A Península de Setúbal, dos Açores, das Terras de Cister e do Algarve, “onde pode haver aumentos entre 10 e 20 por cento, motivados por condições climatéricas favoráveis a um bom desenvolvimento vegetativo das videiras”, são as excepções no panorama nacional. No Alentejo, porém, a previsão aponta também para uma produção semelhante à da campanha passada, apresentando as uvas “um bom aspecto sanitário”.
O Instituto da Vinha e do Vinho é um órgão público que tem por missão controlar a organização institucional do sector vitivinícola, auditar o sistema de certificação de qualidade, acompanhar a política comunitária e preparar as regras para a sua aplicação, além de participação na coordenação e supervisão da promoção dos produtos vitivinícolas.
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