O presidente da Câmara anunciou ontem, em reunião do executivo camarário, que o projecto de arquitectura da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital – nas imagens – já deu entrada nos serviços técnicos, e adiantou ainda que aquele equipamento vai ser construído na periferia da cidade, no terreno que foi adquirido pelo anterior executivo entre Gavinhos de Cima e o cemitério novo da cidade.
José Carlos Alexandrino salientou que o projecto, da autoria do arquitecto Carlos Santos, deverá ter um custo na ordem dos 3,5 milhões de euros, e também especificou que o passo seguinte consiste agora na apresentação de uma candidatura aos fundos comunitários do Programa Operacional Valorização do Território (POVT). Em causa deverá estar um financiamento de 80 por cento sobre o valor global da obra.
O vereador do PSD, Mário Alves, lamentou que a Câmara Municipal não tenha aproveitado esta oportunidade para “resolver o problema do elefante branco” da Acibeira, em Lagares da Beira, e também considerou que a previsão de investimento para as novas instalações da ESTGOH é insuficiente. “Três milhões e meio de euros? Então mas é para fazer uma escola ou um barraco”,disse.
O ex-presidente da Câmara recordou ainda que o seu executivo tinha projectado recuperar os edifícios da ACIBEIRA, através de um projecto de cerca de 10 milhões de euros – o QREN chumbou a candidatura –, e que todos os procedimentos decorreram “com a anuência prévia” dos presidentes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e do Instituto Politécnico de Coimbra.
Sem querer entrar em polémica, Alexandrino explicou que o projecto do anterior executivo estava dimensionado para uma escola com dois mil alunos, enquanto que o actual está feito para mil estudantes. Explicando que todo o processo tem a anuência do Instituto Politécnico de Coimbra, Alexandrino aproveitou ainda a discussão para desafiar a oposição sobre o antigo centro de negócios de Lagares da Beira.
“Desafio os senhores vereadores a votarem comigo uma proposta para aquisição” daquele imóvel, afirmou o autarca eleito pelo PS, sem deixar de frisar que “é preciso arranjar uma solução”, uma vez que a Câmara Municipal terá que desembolsar cerca de 400 mil euros para reaver aquele imóvel, que se encontra penhorado à ordem da Caixa de Crédito Agrícola da Beira Centro.
Do lado do movimento de eleitores independentes “Oliveira do Hospital, Sempre”, José Carlos Mendes disse concordar com a solução encontrada pela autarquia oliveirense para a ESTGOH. “Sempre fomos defensores de que a escola deveria ser construída na cidade e no local onde foi comprado o terreno… estou a torcer para que tenham sucesso nas negociações que estão a efectuar”, afirmou aquele vereador.