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PSD de Penacova congratula-se com saída do município da APIN, mas acusa o deputado socialista Pedro Coimbra de praticar o “mais vil oportunismo político”

O PSD de Penacova congratulou-se hoje em comunicado com a decisão da Assembleia Municipal de votar (por unanimidade) a saída da Associação Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior APIN, mas acusou o presidente da Assembleia Municipal, o deputado socialista e líder da distrital de Coimbra do PS, Pedro Coimbra, de “claro oportunismo político” e de “derrubar” “em directo” o actual presidente da autarquia, Humberto Oliveira, que é também líder da APIN .

“Todo o Partido Socialista se levantou para derrubar o Homem que carregou o PS de Penacova durante três mandatos num exercício de claro oportunismo político, Pedro Coimbra, presidente da Assembleia Municipal, líder distrital do Partido Socialista derrubou, hoje, e em directo para todo o Município, Humberto Oliveira, Presidente da Câmara Municipal ainda em exercício”, explicam, sublinhando que aquela empresa é uma criação do PS e que foi este partido “que aprovou o vergonhoso tarifário que a todos revoltou”.

Os sociais-democratas acusam ainda Pedro Coimbra de dar uma “cambalhota, num acto do mais vil oportunismo político, para sair bem da fotografia”. “Coloca-se ao lado do povo, que numa primeira fase ignorou, apenas para granjear votos”, rematam.

A Assembleia Municipal de Penacova, recorde-se, decidiu ontem a “saída imediata” da autarquia da Associação Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior (APIN), aprovando uma proposta do presidente da mesa, o socialista Pedro Coimbra. A proposta surgiu depois das intensas reivindicações do recém-criado Movimento Espontâneo de Cidadãos (MEC) que contestou o aumento dos tarifários da água e do saneamento decidido pela APIN, que integra 11 municípios dos distritos de Coimbra e Leiria.

Este grupo de cidadãos pretendia ainda devolver ontem ao presidente da Câmara e do conselho de administração da APIN, Humberto Oliveira, as novas facturas de água, recusando o seu pagamento, mas não o puderam fazer porque não lhes era possível intervir nos trabalhos. As facturas acabaram por chegar às mãos de Humberto Oliveira (que prometeu demitir-se hoje mesmo do cargo que ocupa na APIN) por intermédio do presidente da União das Freguesias de Friúmes e Paradela, o social-democrata António Fernandes.

“Que na próxima factura enviada aos cidadãos seja creditado o valor do saneamento cobrado a quem não é servido pela rede pública de saneamento e que sejam corrigidos outros eventuais erros já comunicados, devolvendo aos cidadãos os respectivos créditos, o que já foi anunciado pela APIN, pelo que deve mesmo ser feito de imediato”, defende a Assembleia Municipal, na moção aprovada, da autoria de Pedro Coimbra.

Por outro lado, delibera “que o município aplique, assim que possível, o seu tarifário próprio em vigor para cobrança de água, saneamento (aplicando as taxas apenas a quem tem saneamento público, como é óbvio) e resíduos sólidos”.

O executivo, segundo o documento, deve “garantir o cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis, bem como as obrigatoriedades impostas pela entidade nacional competente nesta matéria [Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, ERSAR], de forma e evitar qualquer penalização para o município e para os munícipes”.

“Não tendo eu apoiado nem votado a integração do município de Penacova na APIN, não posso deixar de salientar que quem o fez fê-lo com a melhor das intenções, sem qualquer interesse próprio”, ressalvou Pedro Coimbra, ao justificar a apresentação da proposta que seria aprovada por unanimidade.

A APIN iniciou a actividade em 2019 e tem um plano de investimentos superior a 40 milhões de euros para os primeiros cinco anos de actividade. A empresa de capitais exclusivamente públicos integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares.

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