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Carlos Martelo

«Residência Estudantil» – Parte II. Autor: Carlos Martelo

– «Mamarracho» vai acima ou vai «abaxo»? –

Promotores do projeto dão informação escassa e a custo.  Será que escondem algo?…

Então, sai a notícia de que uma determinada Entidade com sede em Coimbra e que é suposto coordenar uma categoria de Ensino Superior na região, assinara um contrato com o governo para «construção de uma Residência na tal cidade, com capacidade para 100 camas para estudantes», no caso da Escola Superior do sítio.  É um projeto ao que parece aprovado no âmbito do «PRR, Programa de Recuperação e Resiliência», mais conhecido por «Bazuca».  A ser assim, as despesas ditas «elegíveis» (aprovadas) vão ser pagas a 100% com dinheiro público através do tal «PRR», caso não venha a faltar a «guita» …

Ora, até aqui tudo mais ou menos.  Porém…

– Capítulo III –

Falta de informação implica falta de transparência em assuntos de interesse público…

Quando se tenta impor um processo pouco transparente, isso é logo um mau sinal…   Afinal, por que se pretenderá esconder elementos à partida importantes e clarificadores ?!…

E o principal representante dessa Entidade coordenadora de um setor do Ensino Superior na região de Coimbra, veio divulgar «apenas» o que entendeu mas que de facto é muito pouco daquilo que também interessa sabermos.  Então, respondam-nos agora:

— Do total dos 6, 8 milhões de euros anunciados, qual é a verba destinada às «100 camas»?

— A construção, na cidade, desses alojamentos para estudantes pressupõe (ou não) uma construção nova, de raiz, ou pressupõe já a remodelação/adaptação de edifício(s) já construído(s)?

— É ou não elegível (é ou não possível) a compra, a terceiros, de edifício(s) para remodelações, no âmbito do projeto aprovado?  A ser ou a não ser elegível essa compra, que Entidade vai, primeiro, adquirir esse(s) edifício(s) certamente privado(s) para depois ser(em) remodelado(s) para o fim previsto no projeto das «100 camas para estudantes»?  E QUAL É O PREÇO INDICADO PARA ESSE EFEITO DA COMPRA DE EDIFÍCIO A TERCEIROS, E QUE ENTIDADE O VAI PAGAR?

— A estar prevista a remodelação de edifício(s) já construído, por que razão as Entidades até agora mais envolvidas – é dito que são a Câmara Municipal local e a tal Entidade coordenadora regional de setor do Ensino Superior – por que razão, perguntávamos, não optaram elas pela construção de um edifício de raiz, por exemplo em determinado terreno que a mesma Câmara Municipal detém ainda dentro da cidade de que falamos?

Perguntas:

– A estar prevista a compra de edifício já construído, acha ou não que o mais certo é ser o tal «Mamarracho» citadino e porquê ?……………………………………………………………………………..—- Em sua opinião, em vez de partirem para a compra de edifício(s) já construído(s) para remodelar, seria ou não preferível construir um edifício de raiz dentro do tal terreno municipal até porque já não seria necessário gastar dinheiro público a comprar esse terreno? …………………………………………………………………………………………………………………………………. 

– Capítulo IV –

Em breve se confirmará se o primeiro objetivo a atingir foi resolver o problema dos(as) proprietários(as) do tal «Mamarracho» encalhado.

Pois logo que se confirme a já badalada compra de um edifício – o «Mamarracho» – para remodelar tendo em vista a instalação das «100 camas», como interpreta o(a) Leitor(a) a prioridade dada a essa mesma compra?  Vejamos:

– A prioridade foi mesmo para vir a instalar os Estudantes em futura-próxima «Residência Estudantil»? ………………………………………………………………………………………………………………………..

– Foi, a prioridade, para resolver o problema urbanístico causado pelo «Mamarracho»?

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– Ou, em primeiro lugar, a prioridade foi para resolver o problema dos(as) proprietários(as) do «Mamarracho» que se não conseguiam ver livres dele preferencialmente através de uma vantajosa venda a terceiros como agora poderá acontecer? ………………………………………………………………………………………………………………………………….

– Já agora, sabe qual é a cor político-partidária dos principais intervenientes neste processo com todos os contornos de ser um processo cheio de «manhosices»? ……………………………..

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Enfim, caros(as) Leitores(as):

Mesmo sem saber exatamente quais são as vossas respostas, atrevo-me a dizer que, em geral, estou de acordo convosco.  É que não quero ser eu o único atento e, como diz o outro, com capacidade para não deixar que o tomem por parvo ou por distraído.

E se acertou nas respostas, considere-se condecorado com uma “Medalha de Mérito Municipal” pela atenção e pelo discernimento demonstrados.

Obrigado.

Outubro de 2022

Carlos Martelo

 

 

 

Autor: Carlos Martelo

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