O homem de 38 anos acusado de matar a mulher num acidente rodoviário que terá simulado numa estrada municipal do concelho de Seia negou hoje durante a primeira sessão de julgamento no tribunal da Guarda a ideia de ter delineado um plano com tal objectivo.
Rui Andrade, economista, referiu que não elaborou qualquer plano para matar a companheira e, apesar de não prestar declarações sobre o acidente, respondeu que não fugiu do local “porque sabia que não tinha feito nada de mal”. O arguido também declarou, ao contrário do que sustenta a acusação, que, “em momento algum”, a falecida lhe disse “que se queria separar”. “Éramos um para o outro”, referiu.
O economista também não quis falar sobre a instalação de programas no telemóvel da vítima para aceder aos conteúdos, como está acusado.
O advogado de Rui Andrade disse que no decorrer do julgamento a defesa iria “fazer a contraprova do que figura na acusação, depois vertida a pronúncia”, referindo que o economista se confronta “com a suspeita de que o falecimento [da companheira] foi provocado por ele próprio”. O advogado propôs ainda a reconstituição do acidente e a realização de uma nova autópsia para determinar “exactamente como foi que ocorreu o falecimento” da mulher.