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Sensações estranhas

 

Há poucos dias tivemos a visita da chanceler alemã que veio averiguar o estado da nação portuguesa. A História diz-nos que algures em séculos passados houve países que foram colonizados, hoje não se emprega o mesmo termo, no entanto, as consequências são similares.

Vivemos numa sociedade que está a ferver. Pergunto quando será que irá explodir? Será que isso vai acontecer? As consequências são boas ou más? As sensações estranhas que eu tenho convivido prendem-se com o estado do meu país mas também devido às convivências com uma sociedade que não olha para o lado, cansada e focada apenas no trabalho, ou quando não o têm nas preocupações do desemprego.

Refiro-me ao cansaço, quando vejo pessoas a trabalhar desalmadamente, com objetivo de ganhar um mísero ordenado, que em nada recompensa o valor das tarefas desempenhadas. Com a crise as pessoas perderam esperança e deixaram de ter objetivos a longo prazo pensando apenas no dia de amanhã, focando-se apenas nos planos a longo prazo. O risco de perder o emprego retrai e induz as pessoas ao silêncio engolindo muitas injustiças.

Todas estas contingências são aproveitadas pelo Estado Português e capitalista que reina na Europa e no Mundo.

Eu induzido num ritmo louco de trabalho vejo-me por vezes com receio de onde eu irei parar. É alucinante o ritmo de trabalho no ensino privado. Nota-se diariamente uma competitividade latente e eu dou por mim naturalmente a ter que ir aos meus limites.

Questiono até quando aguentarão os portugueses os sacrifícios que estão a ser sujeitos.

Tiago Sousa
Professor de Geografia
Autor do blogue Mania de Escrever

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