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“Senti que não tinha condições para continuar a exercer o cargo para o qual fui eleito”

O presidente da Junta de Freguesia de Travanca de Lagos assegurou ao CBS que renunciou ao mandato de presidente daquela autarquia por considerar que não estavam reunidas as condições necessárias para continuar a ocupar o cargo para o qual foi eleito. António Soares explicou também que deu conhecimento da sua decisão ao presidente da Câmara Municipal e que a carta de renúncia foi entregue na caixa de correio do presidente da Assembleia de Freguesia no passado dia 31 e que nela dava conta que deixaria de exercer funções no dia seguinte (ontem).

Na base desta decisão parecem estar, ao que o CBS apurou, alguns conflitos entre o presidente e os restantes elementos do seu executivo. Algo que António Soares não confirma, nem desmente. Remete as explicações para a sua carta de renúncia, na qual se pode ler que houve aspectos neste mandato que estavam a interferir com a sua tranquilidade. “Fruto de diversas circunstâncias não posso deixar que aspectos menores da vida, nomeadamente funcionais, relacionais e políticos, interfiram directamente no meu bem-estar… Considero que não estão reunidas as condições mínimas para o exercício das funções para as quais fui eleito, nomeadamente o exercício das competências de presidente da Junta”, escreveu o ex-presidente, frisando que não deu conhecimento antecipado ao presidente da Assembleia de Freguesia.

Recusando-se a adiantar mais pormenores, António Soares faz, porém, questão de sublinhar que a Câmara Municipal não teve nada a ver com esta sua decisão, sublinhando que teve sempre um bom relacionamento com a vereação e com o seu presidente, José Carlos Alexandrino, bem como a Assembleia Municipal. Confessa igualmente que “foi um prazer trabalhar com os membros da Assembleia de Freguesia”, onde diz ter existido “sempre um óptimo relacionamento”, ao mesmo tempo que enaltece os funcionários da Junta.

O ex-autarca nestes elogios e agradecimentos, contudo, não faz qualquer referência aos restantes elementos que o acompanhavam no executivo de Junta. Este pormenor parece dar razão àqueles que referiram ao CBS que a demissão se ficou a dever à existência de um clima de conflito tumultuoso entre o homem que encabeçou a lista que venceu as eleições com maioria absoluta e os restantes elementos que o acompanhavam. Um mal-estar que se foi arrastando no tempo, tendo, ao que o CBS apurou, levado mesmo António Soares a ponderar abandonar as funções já há alguns meses. António Soares, porém, não avança mais detalhes. “O que posso dizer é que esta tomada de posição é aquela que entendo ser a melhor para a Freguesia”, conclui.

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