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As tarifas de água e de saneamento básico poderão vir a sofrer um aumento considerável no concelho de Oliveira do Hospital. A preocupação foi transmitida, terça-feira de manhã, pelo presidente da Câmara Municipal quando, em reunião pública do executivo, dava conta de três propostas de preço, equacionadas pela Águas do Zêzere e Côa (AZC), ...

Tarifas de água e saneamento básico poderão subir e Mário Alves está preocupado

para custear o abastecimento de água, no sistema em alta e, o tratamento de efluentes no concelho oliveirense. Mário Alves explicou que, no que respeita ao abastecimento de água estão, em cima da mesa, aumentos entre 33 e 46 por cento, relativamente ao preço inicialmente previsto – 0,5273 euros por metro cúbico – em contrato de concessão. E, no que toca ao saneamento, os aumentos propostos chegam a atingir os 78 por cento, relativamente ao custo previsto de 0,5575 euros por metro cúbico.

“Qualquer dia, temos todos que ir pedir, para pagar a água e o tratamento de efluentes”, frisou o presidente da autarquia, lembrando, que tais preços não serão os praticados junto do consumidor final. “Com as perdas que há no sistema, a quanto é que iremos facturar a água ao consumidor, para equilibrar os custos?”, questionou Mário Alves, encontrando agora provas para justificar a sua resistência inicial à adesão ao Sistema Municipal de Águas do Zêzere e Côa. “Eu era contra a adesão ao sistema, porque invocava a questão dos custos e, numa reunião de câmara os vereadores do PSD até votaram contra o presidente da Câmara Municipal”, lembrou, constatando que “aquilo que mais temia está agora a acontecer”.

Em cima da mesa está uma proposta que avança com três cenários possíveis – que Mário Alves considera serem “muito maus” – relativamente aos preços a praticar e, que – segundo o que foi discutido em reunião pública – é uma consequência do facto de o município da Covilhã, numa altura em que a empresa já dava como certa a sua adesão ao Sistema Municipal, ter desistido e optado por gerir o seu próprio sistema municipal.

Autarca defende cortes ao nível da gestão da AZC
Na reunião de terça-feira, o presidente do município oliveirense colocou-se ao lado dos accionistas iniciais do Sistema Municipal da AZC, discordando da proposta de preços de água e de tratamento de efluentes, como forma de minimizar os prejuízos derivados da não adesão do Município da Covilhã. Ao invés disso, sugeriu que a empresa faça cortes a outros níveis. “Não sei se há lá gente a mais. Mas, acho que este tipo de empresas tem muita gente e com salários acima do que é o normal na função pública”, considerou, defendendo que “seja feito um estudo, no sentido de reequacionar os custos e de se efectuarem alguns cortes”.

A certeza de Mário Alves é de que “os custos propostos são extremamente elevados para aquilo que são as possibilidades económicas das gentes do concelho de Oliveira do Hospital”.

“Preocupam-nos as propostas destes aumentos”, referiu o vereador socialista José Francisco Rolo, sublinhando, no entanto, que “o executivo sempre soube que o custo da água ia subir, porque os preços comportados, na ocasião da concessão, estavam abaixo dos reais custos de captação”. Constatou também que o município na ponderou o potencial recuo de um ou mais municípios. “A concessão estava desenhada para uma série de municípios”, explicou, defendo agora que o executivo analise a proposta de preços e avance com uma contraproposta.

Liliana Lopes

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