A realidade é que, no nosso país, a maioria absoluta promove uma democracia totalitarista. Já não parecem restar dúvidas de que o sistema político vigente perdeu há muito as características fundamentais de uma democracia, na vertente política, social e económica.
Já grave é o escândalo, mas a circunstância o faz maior: uma maioria governamental relativa apenas promove discórdia no plenário. Verificamos que os deputados defendem os seus partidos e não o bem comum. Como pode vingar o princípio de boa fé neste país?
Faço das palavras de Hirsh minhas palavras: “se todos se puserem em bicos de pés, ninguém conseguirá ver melhor”. Se me permitem: estarem todos em bicos de pés ou estarem todos deitados é precisamente a mesma coisa.
Uma coisa nós sabemos: o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente. Entristece-nos saber que o actual governo foi eleito com 41% dos votos, face a uma esmagadora abstenção de 35,74%. Mas podemos nós apontar as culpas à ignorância, à iliteracia, ao desinteresse?
Tenham calma…
Nesta maioria absoluta que desbrava avenidas áleas para um futuro socialista, encontramos:
-o governo decide aprovar uma iniciativa legislativa que permite adjudicar, sem concurso público, obras até 5 milhões de euros, assim como bens e serviços até 200 mil euros…
– o consórcio Multi Development Lena Construções, que ganhou o concurso de um mega-centro comercial na cidade de Leiria, anunciou, em 29/12/2008, que desistia do projecto pois a Chamartín Imobiliária interpôs uma providencia cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria…
– Freeport.
A distanciação do povo à política não é só compreensível, mas totalmente justificável.
Perguntar-me-ão, caros leitores, com a vossa cara de horror, se não há forma de alterar esta pseudo-democracia que mais se parece com um autocracia dos titãs PS e PSD que se vão toureando mutuamente na luta pelo poder absoluto.
Não tenho muitas soluções, mas uma coisa sei: este ano há eleições. Façam escolhas conscientes.
Grupo da Área de Projecto do 12º A da Escola Secundária de Oliveira do Hospital
Cláudia Figueiredo; Miguel Abreu; Nuno Pinto; Tânia Nunes
Com o apoio de: André Pereira