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Transbordo de armas químicas sírias pode passar pelos Açores

Porto italiano rivaliza com o da ilha Terceira para o transbordo de armas químicas de Assad de um barco dinamarquês para um navio norte-americano, onde se iniciará a sua destruição.

A Administração norte-americana solicitou às autoridades portuguesas a utilização de estruturas portuárias para a operação de transbordo das armas químicas recolhidas na Síria que estão a bordo de um barco dinamarquês para o navio norte-americano que dará início à sua destruição

Tal operação foi solicitada no âmbito da Resolução 2118 adoptada por unanimidade pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada a 27 de Setembro, e teve a aprovação da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW).
O porto português em causa é o da Praia da Vitória, na ilha Terceira, nos Açores, que também serve de apoio à base aérea das Lajes. Em aberto está a possibilidade de ser no cais comercial ou no denominado “cais dos americanos”, que é utilizado pelas forças militares norte-americanas para abastecer o seu efectivo militar nas Lajes. Sobre tudo isto, Lisboa manteve contactos com o governo regional liderado pelo socialista Vasco Cordeiro.

O presidente do governo regional dos Açores já confirmou ter sido “consultado” a propósito da utilização das instalações portuárias da Praia da Vitória. “Nestas questões de empenho nacional, a solidariedade para com o país é assumida pelos Açores”, acrescentou Vasco Cordeiro, antes de adiantar que estava a “acompanhar o processo”, uma vez que não há ainda “uma decisão tomada”. Os Açores estão essencialmente preocupados em garantir questões relacionadas com a segurança e a operacionalidade da matéria.

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, está também ao corrente da solicitação dos EUA. O Governo português não tomou, ainda, uma decisão final. Estão a ser analisados diversos factores de ordem técnica, ambiental e de segurança para ponderar a exequibilidade da operação.
Para além dos Açores, Washington admite outra solução: o recurso a um porto italiano não especificado. Aliás, esta possibilidade tem vindo a ganhar peso nas últimas horas. As condições de mar picado no Atlântico não permitem assegurar que o destino seja o porto açoriano. Por isso, ganha maior probabilidade que o transbordo da carga seja feito no Mediterrâneo,num porto italiano.
Recorde-se que o Governo português, como membro da comunidade internacional, desde o início apoiou a missão conjunta da ONU e da OPCW de remoção, transporte e posterior destruição do material químico utilizado na Síria. Uma missão considerada essencial para a manutenção da paz e da segurança internacionais.

publico.pt

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