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Unanimidade prevaleceu na primeira reunião pública do executivo

Sem lugar a intervenções no período antes da ordem do dia, a reunião da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, realizada ontem, ficou marcada pela cordialidade entre os sete elementos que constituem o executivo.

Com excepção da discussão em torno do futuro traçado do IC37, as decisões resultantes daquele encontro tiveram por base a unanimidade das opiniões, notando-se porém as frequentes intervenções do ex-presidente da Câmara, que não perdia a oportunidade para transmitir alguns ensinamentos ao presidente para quem – como o próprio assumiu – “ainda é tudo novo”.

Foi assim na aprovação do regimento da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que, reunindo o contributo das três forças políticas presentes no executivo, mereceu o aval unânime. Ficou neste ponto, decidido, que as reuniões públicas do executivo serão sempre as primeiras de cada mês, com lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal.

Retirando a alínea proposta pelo vereador do PSD Paulo Rocha que condicionava o trabalho dos jornalistas, o presidente José Carlos Alexandrino não incluiu no regulamento qualquer imposição relativamente à actividade da imprensa, acreditando porém que valerá o “bom senso” dos jornalistas na hora de captarem fotografias e gravações áudio ou de imagem.

 Ainda que com algumas condicionantes pelo meio, também o executivo votou unanimemente a atribuição de prendas de Natal aos alunos do pré-escolar e primeiro ciclo. Surgiu a discussão quando o vereador independente defendeu a substituição das prendas por cheques-brinde – “para que todo o comércio tenha hipótese de vender presentes para as crianças”, sustentou –, com o vereador Mário Alves a considerar o princípio defendido por José Carlos Mendes como “ligeiramente desvirtuado”, depois de também ele próprio ter apresentado um historial relativo à génese da atribuição das prendas de Natal por parte da Câmara Municipal.

Neste domínio surgiu ainda a atribuição de presentes aos filhos dos funcionários da autarquia. Alexandrino e a vereadora da Educação, Graça Silva, informaram da intenção do município em avançar com a experiência de atribuir cheques-brinde aos filhos dos funcionários como forma de “revitalizar o comércio local”.

“As promessas de subsídios”

A aparente cordialidade entre os elementos do executivo começou contudo a estalar, quando à baila surgiu uma proposta de apoio de 25 mil Euros para a Associação dos Amigos da Lajeosa, como forma de fazer face à dívida que a instituição tem para com os sócios e para pôr em marcha o projecto da valência de lar. “O objectivo é accionar um fundo de equilíbrio financeiro”, explicou o vice-presidente José Francisco Rolo.

Pese embora a “sensibilidade” que Alexandrino mostrou sobre o caso, Mário Alves não tardou a trazer à tona a questão das “promessas de subsídios” levantada, segundo disse, por um membro socialista na Assembleia Municipal.

Começando logo por referir que não votaria contra a atribuição do apoio, Mário Alves alertou para a necessidade de se “usar critério igual para toda a gente”. “Não pode haver filhos e enteados. Tem que ser definido um critério e aplicado por igual a todas as IPSS”, defendeu o ex-presidente que disse ter conhecimento de outras instituições que devem “muito dinheiro à banca”.

A apreciação acabou por ser bem acolhida por José Carlos Alexandrino e a atribuição do apoio recolheu o aval unânime, com a condicionante de levantamento das IPSS que também carecem de apoios.

Semelhante procedimento foi seguido no que respeita à atribuição de subsídio antecipado à equipa de futebol de São Gião. Por indicação de Alves, acabou por prevalecer a antecipação do subsídio em duodécimos para todas as equipas que jogam no Inatel.

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