O ex-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital não viu com bons olhos a vinda da secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação ao concelho, por ocasião da assinatura do protocolo da Plataforma de Atendimento e Acompanhamento Social Integrado.
“Foi uma visita extemporânea, politiqueira e da propaganda”, considerou esta manhã em reunião do executivo, o vereador do PSD que, tomando por base o currículo da governante, colocou em causa a pertinência da vinda de Idália Serrão ao concelho.
Mário Alves vincou ainda o facto de a secretária de Estado pertencer a um governo de gestão que “não se deve dedicar à propaganda política do partido que está no poder”.
“Com políticos desta natureza jamais o país sairá do buraco”, insistiu o ex-presidente da autarquia oliveirense apresentando um voto de protesto à visita de Idália Serrão.
Lembrando que o convite que dirigiu a Idália Serrão aconteceu há um ano, o presidente da Câmara Municipal referiu a Mário Alves que a governante tem um “currículo de poder autárquico”, porque já foi “presidente de uma Junta de Freguesia, exerceu funções de vereadora e já presidiu uma Comissão de Proteção de Crianças e Jovens”.
“É uma negação da sua parte estar a questionar o currículo de Idália Serrão”, considerou José Carlos Alexandrino, notando que a governante veio a Oliveira do Hospital proferir um “discurso de verdade”. O autarca informou ainda que, até à data das eleições legislativas, espera receber em Oliveira do Hospital, um secretário de Estado para a assinatura de dois protocolos “a bem de duas freguesias do concelho”.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital lembrou ainda a Mário Alves que a vinda da governante não foi em vão e, que foi aproveitada pelo executivo para reivindicar um conjunto de respostas sociais essenciais ao concelho, dando o exemplo dos cuidados continuados, cuidados paliativos e centro de emergência social em Travanca de Lagos.
José Francisco Rolo chegou a considerar que as reações de Alves, relativamente à vinda de governantes ao concelho são “hostis” e não são protagonizadas em concelhos vizinhos por onde, também, passam membros do governo.
Mário Alves não deixou de retorquir, colocando em causa o “objetivo prático” das reivindicações apresentadas a “membros demissionários”. “Qual é a eficácia disso, senão a demagogia e a política do faz de conta”, questionou.