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Vítor Paulo Fernandes é o autor do primeiro romance editado em Oliveira do Hospital

“Por estranho que pareça escrevi um livro”. As palavras foram proferidas ontem pelo próprio autor do livro “A Quinta das Tulipas” que, em formato de romance, desvenda outra das capacidades do já multifacetado artista de Lagos da Beira.

Conhecido pelas suas apetências artísticas, nomeadamente ao nível do desenho, pintura e banda desenhada, Vítor Paulo também se vinha dedicando à escrita, chegando a partilhar alguns dos seus contos no blogue Pedras Rolantes que mantém na internet.

E foi exatamente a partir de um conto, cujas “personagens ganharam vida própria”, que o autor atingiu o agora editado Romance. No prelo e há espera de lançamento desde 2010,o trabalho de Vítor Paulo ganhou ontem valor especial. Foi o próprio autor quem o considerou: “o atraso foi bom porque hoje concretizam-se dois sonhos, o meu e o do meu amigo falecido e dono desta casa”.

À “Quinta das Tulipas” – o primeiro romance a ser lançado no concelho, como garantiu a vereadora do pelouro da Cultura e Educação da Câmara Municipal – foi dada a honra de marcar o arranque da atividade cultural do Museu Biblioteca Tarquínio Hall. Para além de recordar com saudade o amigo, Vítor Paulo recordou emocionado o avô José Fernandes a quem dedicou o romance.

“Se calhar foi o meu avô que me ensinou a contar histórias”, referiu, impondo na sala o saudosismo a quem, em tempos, com ele privou e presenciou os momentos vividos entre avô e neto.

Perante uma tamanha manifestação popular que, aqui e ali, elogiava a personalidade do autor, nada mais restou a Vítor Paulo que não fosse o convite à leitura do livro de 127 páginas que, a pedido de muitos, autografou para a posteridade.

“É um romance simples e fácil de ler”, informou o autor.

Numa sessão que registou as vivências amadurecidas de Vítor Paulo, os marcos da sua juventude foram recordados por quem com ele partilhou tempos de escola. “Pessoa respeitosa que sempre soube ocupar o seu lugar”, recordou a vereadora da Cultura Graça Silva que também lembrou as ilustrações “macabras, mas muito bem conseguidas” que, na altura, Vítor Paulo produzia.

A colega dos tempos de estudante que ainda tem na memória as imagens das “caveiras” e “serpentes sem cabeça” não deixou de se revelar surpreendida pela obra ontem lançada.

“Era uma pessoa discreta que se relacionava com toda a gente, mas que tinha dentro dele um grande turbilhão de criatividade”, recordou o vice-presidente José Francisco Rolo que, apesar de ainda não ter lido a obra, disse acreditar que a mesma reproduz a “sensibilidade, o homem sereno e sossegado de olhar atento”.

No dia em que Lagos da Beira recordou Tarquínio hall e o perpetuou através da abertura da Biblioteca Museu, o presidente da Junta de Freguesia encarou o lançamento de “A Quinta das Tulipas” como a prova de que “Lagos da Beira continua a ser terra de artistas”. “Tarquínio Hall ficará muito feliz por saber que há futuro na cultura da sua terra”, referiu José António Guilherme.

Ao presidente da Câmara Municipal coube brindar a vasta plateia e o autor com a leitura do excerto final da obra que, na sua opinião, retrata a realidade de Lagos da Beira.

“Afonso ficou debruçado na varanda observando aqueles rapazes e raparigas que na verdura da idade plantavam ali o futuro em forma de flor. Muito em breve voltaria a haver tulipas na Quinta das Tulipas”, leu.

Com prefácio de Marisa Soares, “A Quinta das Tulipas” resulta do investimento conjunto da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e Junta de Freguesia de Lagos da Beira.

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