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Zona Industrial de Oliveira do Hospital não consegue ‘segurar’ empresa transportadora

 

… e o preço mais apetecível em Tábua motivaram a deslocalização da empresa.

A conhecida empresa transportadora Transoliveira prepara-se para deslocar a sua sede para o vizinho concelho de Tábua.

Há anos à espera que a Zona Industrial da cidade desse resposta ao anseio de um espaço adequado à sua área de negócio, o empresário Pedro Oliveira já confirmou a decisão de deslocalizar a empresa para a Zona Industrial do vizinho concelho de Tábua, onde encontrou uma solução ajustada àquela que é necessidade da empresa composta por 30 camiões e 34 colaboradores.

Para além de encontrar uma área de terreno suficiente para a construção da base logística, posto de abastecimento de combustíveis público e oficina de reparação automóvel, a Transoliveira tem ainda a registar o preço apetecível cobrado pelo município de Tábua por cada metro quadrado de terreno. Condições que não deixam de ser reconhecidas pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que, na última reunião do executivo, admitiu que o município oliveirense não estava em condições de dar resposta aos anseios do empresário.

“A Transoliveira é demasiado grande para a nossa Zona Industrial”, admitiu José Carlos Alexandrino, contando ter havido conversações entre o município e o empresário e, lamentando que Oliveira do Hospital tenha saído a perder neste processo.

“Lamento que a empresa tenha ido para Tábua”, referiu o autarca oliveirense que a par do problema em torno da área dos terrenos, também admite que os preços praticados em Tábua são mais apetecíveis. José Carlos Alexandrino falou, por isso, da necessidade, de a autarquia proceder a ajustamentos no regulamento no sentido de “tornar as coisas mais apetecíveis”.

Ainda que insatisfeito pelo facto de Transoliveira rumar para o concelho vizinho, o edil tem a registar o modo positivo como o empresário esteve em todo este processo. “Foi de uma grande lisura”, notou, valorizando a honestidade de Pedro Oliveira ao informar o município oliveirense de que a autarquia tabuense lhe estava a proporcionar melhores condições, quer em termos de valor a pagar, quer de infra-estruturas. Do mesmo modo, o autarca diz não sentir qualquer “remorso” relativamente ao desfecho do processo. “Fizemos as coisas com transparência”, assegurou.

No momento da anunciada saída da empresa transportadora do concelho oliveirense, Alexandrino garante porém que está a ser feita uma importante aposta na Zona Industrial da cidade, onde a autarquia vai proceder à construção de pavilhões destinados a empresas que se queiram fixar em Oliveira do Hospital, havendo já manifestação de interesse por parte de uma empresa. Uma medida que, como disse, também se deverá estender ao pólo industrial da Cordinha – o espaço também foi proposto a Pedro Oliveira que o rejeitou –  como forma de dar vida àquele espaço, onde a autarquia se vê quase na obrigação de ceder os terrenos a “custo zero”.

O vereador do movimento independente Oliveira do Hospital Sempre não deixou de encarar a deslocalização da empresa como uma “perda” para o concelho, notando até ser esta a “sina” do concelho. “Não podemos continuar a deixar ir empresas para fora do concelho”, registou José Carlos Mendes.

Para o vereador do PSD, o que estará em causa será, antes, uma questão de localização mais próxima das “vias de acesso mais rápidas”. “A mim cheira-me a uma situação dessa natureza”, frisou, notando até que “as pessoas devem ser coerentes e intelectualmente honestas”. Mário Alves foi ainda mais longe ao considerar que “o concelho não perde nada em relação à Transoliveira” por não estar em causa uma empresa de “trabalho intensivo” e pelo facto de os seus funcionários de Oliveira do Hospital não deixarem de lá trabalhar.

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